Em homenagem ao mês da mulher, trazemos aqui algumas daquelas que contribuíram para a transformação da área da saúde, não apenas no Brasil, mas no mundo. Confira quatro determinadas e corajosas mulheres que fizeram história:
Nise da Silveira (1905 – 1999)
Nascida em Maceió, Alagoas, com apenas 16 anos, Nise passou no exame para a Faculdade de Medicina da Bahia, integrando uma turma em que era a única mulher entre 157 homens. Ali teve início a carreira da médica alagoana reconhecida mundialmente por transformar o tratamento da saúde mental no Brasil.
Nise apresentou estudos que humanizaram a psiquiatria no Brasil, combatendo formas convencionais e agressivas de psicoterapia, como os eletrochoques e a lobotomia. Além disso, foi umas das primeiras a enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais.
Elizabeth Blackwell (1821 – 1910)
A inglesa desafiou a sociedade ao se tornar a primeira mulher a ingressar e se formar em uma faculdade de Medicina nos Estados Unidos. Inicialmente Elizabeth era vista com desdém na universidade, sendo também proibida de fazer demonstrações médicas em sala de aula, por ser considerado algo inadequado para uma mulher. Entretanto, com persistência e habilidade, ela conseguiu o respeito de seus colegas.
Ao se formar em primeiro lugar na turma, a nova médica também abriu caminho para que outras mulheres seguissem a carreira na medicina. Depois, ainda deu início a diversas instituições voltadas ao ensino para as mulheres.
Gertrude Elion (1918 – 1999)
Bioquímica americana, Gertrude teve a escolha da profissão inspirada pela grande impressão que acompanhar seu avô com câncer de fígado lhe causou. Visando pesquisar novos medicamentos para combater o câncer no futuro, optou por estudar ciências.
Depois de formada, trabalhando junto a George H. Hitchings, Gertrude iniciou os estudos para desenvolver fármacos baseados em conhecimentos de bioquímica e patologia. Com isso, conseguiu criar remédios para gota, infecções urinárias, malária, herpes viral e diversas doenças autoimunes.
Em 1988, ganhou um Prêmio Nobel de Medicina por desenvolver medicamentos cruciais para o tratamento da leucemia.
Gerty Theresa Cori (1896 – 1957)
Natural de Praga, na República Tcheca, Gerty precisou aprender em um ano latim, química e física para atender os requisitos da universidade de medicina, na qual entrou em 1914. Em 1922, dois anos após conquistar o doutorado em medicina, ela e seu marido imigraram para os EUA em busca de melhores oportunidades.
Juntos, Gerty e Carl desenvolveram pesquisas que lhes premiaram com o Prêmio Nobel de Medicina em 1947. As informações apresentadas por eles foram fundamentais para o desenvolvimento do tratamento da diabetes no mundo, com o chamado “Ciclo de Cori”.
Agora é a sua vez! Escreva nos comentários mulheres que inspiram você!